feminicídio

MP denuncia ex-namorado pela morte de Andressa Schimidt

O Ministério Público remeteu à Justiça, nesta segunda-feira, denúncia contra o ex-namorado de Andressa Thomazi Schimidt, encontrada morta no dia 15 de agosto 2016, na época com 30 anos de idade. A jovem, que é filha do ex-vereador e radialista Paulo Sidinei Schimidt, estava desaparecida desde o dia 13 de agosto daquele ano. 

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O ex-namorado dela, Dalilo Marion Junior, que foi indiciado pela Polícia Civil no início deste mês - um ano e meio depois da morte da jovem - foi denunciado pela morte, considerada um feminicídio, e por ocultação de cadáver, conforme informou a assessoria de comunicação do MP. 

O caso agora segue para apreciação do juiz, que pode aceitar a denúncia ou arquivar o caso. 

Ao Diário, por telefone, Dalilo disse que não tem envolvimento na morte de Andressa e que ainda não sabia da denúncia feita pelo Ministério Público: 

- Eu imaginei que não seria denunciado, até porque o inquérito não tem prova nenhuma contra mim, pelo contrário, tem provas contra outras pessoas que eles não levaram em consideração (...) Eu vou ser absolvido e, em algum momento, eles vão ter que prender quem realmente fez isso.

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Dalilo conta que entregou à investigação provas de que não foi a última pessoa que esteve com Andressa, como a localização - por meio do Google - nos dias em que ela esteve desaparecida e fotos em sua casa.

O CASO

Andressa, que completaria 31 anos na noite em que foi encontrada morta, foi vista pela última vez em um bar na Avenida Borges de Medeiros. Foi o ex-namorado de Andressa - agora denunciado pelo crime - quem comunicou o desaparecimento dela à polícia. Na época, a família buscava pela jovem quando um morador da Cohab Tancredo Neves estranhou o carro que estava estacionado há dois dias na frente de sua casa, sem qualquer movimentação.

Ele teria postado a foto nas redes sociais, na busca pelo proprietário. Testemunhas contaram à polícia que o veículo teria sido abandonado no local entre 4h e 6h. A família de Andressa viu a publicação na internet e avisou a Brigada Militar e a Polícia Civil, que foram até o local. A descoberta do corpo no porta-malas teria sido feita na presença da família, que identificou Andressa. A jovem apresentava manchas de sangue no nariz. O carro não tinha sinal de arrombamento, e a chave estava com a vítima.

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